domingo, 6 de dezembro de 2009

HISTORIIA DA ESCOLA BIBLICA DOMINICAL

O que é a Escola Bíblica Dominical



O termo "Escola Dominical" foi primeiramente usado pelo jornalista evangélico Robert Raikes, na Inglaterra, a partir de 1780, quando começou a oferecer instrução rudimentar para crianças pobres em seu único dia livre da semana: domingo, pela manhã e à tarde, pois a maioria mesmo tendo pouca idade já trabalhava durante a semana. A Escola Dominical nasceu para servir como o ensino público gratuito, orientado pelos princípios da educação-cristã, vindo posteriormente o governo britânico e de outros países a oferecer o sistema de educação pública e a se responsabilizar oficialmente por ele. O movimento iniciado por Raikes é considerado o precursor desse sistema.

Portanto, a Escola Dominical do nosso tempo náo é o mesmo do britânico inicial, mas o tipo de escola que surgiu na América do Norte muito tempo depois oferecendo um conteúdo curricular bíblico não mais objetivando prioritariamente a aprendizagem da leitura e da escrita de seus alunos e sim o conhecimento bíblico, a edificação espiritual, o discipulado e a integração e a evangelização. Por isso, a Escola Dominical é o momento especial da semana para que todos que pertencem a uma igreja local (crianças, adolescentes, jovens, adultos, incluindo os novos convertidos), primeiramente, se reúnam para estudar a Palavra de Deus de forma pedagógica e metódica, e também promovam a comunhão, o discipulado e a integração de novos crentes e a evangelização, cooperando para o cumprimento da Grande Comissão de Jesus registrada em Mateus 28.18-20.



HISTÓRIA DA ESCOLA DOMINICAL NO BRASIL

Os missionários escoceses Robert e Sara Kalley são considerados os fundadores da Escola Dominical no Brasil. Em 19 de agosto de 1855, na cidade imperial de Petrópolis, no Rio de Janeiro, eles dirigiram a primeira Escola Dominical em terras brasileiras. Sua audiência não era grande; apenas cinco crianças assistiram àquela aula. Mas foi suficiente para que seu trabalho florescesse e alcançasse os lugares mais retirados de nosso país. Essa mesma Escola Dominical deu origem à Igreja Congregacional no Brasil. Houve, sim, reuniões de Escola Dominical antes de 1855,no Rio de Janeiro, porém, em caráter interno e no idioma inglês, entre os membros da comunidade americana. Hoje, no local onde funcionou a primeira Escola Dominical do Brasil, acha-se instalado um colégio. Mas ainda é possível ver o memorial que registra este tão singular momento do ensino da Palavra de Deus em nossa terra.



HISTÓRIA DA ESCOLA DOMINICAL NO MUNDO

As origens da Escola Dominical remontam aos tempos bíblicos quando o Senhor ordenou ao seu povo Israel que ensinasse a Lei de geração a geração. Dessa forma a história do ensino bíblico descortina-se a partir dos dias de Moisés, passando pelos tempos dos reis, dos sacerdotes e dos profetas, de Esdras, do ministério terreno do Senhor Jesus e da Primitiva Igreja. Não fossem esses inícios tão longínquos, não teríamos hoje a Escola Dominical.
Porém, antes de sumariarmos a história da Escola Dominical em sua fase moderna, faz-se mister evocar os grandes vultos do Cristianismo que muito contribuíram para o ensino e divulgação da Palavra de Deus.
Como esquecer os chamados pais da Igreja e lhes seguiram o exemplo? Lembremo-nos de Orígenes, Clemente de Alexandria, Justino o Mártir, Gregório Nazianzeno, Agostinho e outros doutores igualmente ilustres. Todos eles magnos discipuladores. E o que dizer do Dr. Lutero? O grande reformador do século XVI, apesar de seus grandes e inadiáveis compromissos, Ainda encontrava tempo para ensinar as crianças. Haja vista o catecismo que lhes escreveu.
Foram esses piedosos de Cristo abrindo caminho até que a Escola Dominical adquirisse os atuais contornos.

A Escola Dominical do nosso tempo nasceu de visão de um homem que, compadecido com as crianças de sua cidade, quis dar-lhes um novo e promissor horizonte. Como ficar insensível ante a situação daqueles meninos e meninas que, sem rumo, perambulavam pelas ruas de Gloucester? Nesta Cidade, localizada no Sul da Inglaterra, a delinqüência infantil era um problema que parecia insolúvel.
Aqueles menores roubavam, viciavam-se e eram viciados; achavam-se sempre envolvidos nos piores delitos.
É nesse momento tão difícil que o jornalista episcopal Robert Raikes entra em ação. Tinha ele 44 anos quando saiu pelas ruas a convidar os pequenos transgressores a que se reunissem todos os domingos para aprender a Palavra de Deus. Juntamente com o ensino religioso, ministrava-lhes Raikes várias matérias seculares: matemática, história e a língua materna - o inglês.
Não demorou muito, e a escola de Raikes já era bem popular. Entretanto, a oposição não tardou a chegar. Muitos eram os que o acusavam de estar quebrantando domingo. Onde já se viu comprometer o dia do Senhor com esses moleques? Será que o Sr. Raikes não sabe que o domingo existe para ser consagrado a Deus?
Robert Raikes sabia-o muito bem. Ele também sabia que Deus é adorado através de nosso trabalho amoroso incondicional.
Embora haja começado a trabalhar em 1780, foi somente em 1783, após três anos de oração, observações e experimentos, que Robert Raikes resolveu divulgar os resultados de sua obra pioneira.

No dia três de novembro de 1783, Raikes publica, em seu jornal, o que Deus operara e continuava a operar na vida daqueles meninos Gloucester. Eis porque a data foi escolhida como o dia da fundação da Escola Dominical.
Mui apropriadamente, escreve o pastor Antonio Gilberto: “Mal sabia Raikes que estava lançando os fundamentos de uma obra espiritual que atravessaria os séculos e abarcaria o globo, chegando até nós, a ponto de ter hoje dezenas de milhões de alunos e professores, sendo a maior e mais poderosa agência de ensino da Palavra de Deus de que a Igreja dispõe”.
Tornou-se a Escola Dominical tão importante, que já não podemos conceber uma igreja sem ela. Haja vista que, no dia universalmente consagrado à adoração cristã, nossa primeira atividade é justamente ir a esse prestimoso educandário da Palavra de Deus. É aqui onde aprendemos os rudimentos da fé e o valor de uma vida inteiramente consagrada ao serviço do Mestre.

A. S. London afirmou, certa vez, mui acertadamente: “Extinga a Escola Bíblica Dominical, e dentro de 15 anos a sua igreja terá apenas a metade dos seus membros”. Quem haverá de negar a gravidade de London? As igrejas que ousaram prescindir da Escola Dominical jazem exangues e prestes a morrer.
Conteúdo Adicional para as aulas de Lições Bíblicas Mestre
Produzidos pelo Setor de Educação Cristã

Subsídios extras para a lição
Davi - As Vitórias e derrotas de um homem de Deus

4º trimestre/2009



Lição 10 - Davi e o preço da negligência na família


Texto Bíblico: 2 Samuel 13.2,5,10-12,14,15

Há um contraste patético entre os grandes sucessos de Davi como um soldado e general, e a rápida desintegração moral dos membros de sua própria casa.

Absalão e sua formosa irmã Tamar eram filhos de Davi com Maaca, com quem ele tinha se casado durante os anos em que fugia de Saul. Amnom, cuja luxúria foi exacerbada pela beleza de Tamar, era filho de Davi com Ainoã, também uma das primeiras esposas dele. Tal era a paixão descontrolada deste filho do rei, e a sua satisfação parecia tão impossível, que o resultado foi ele realmente ficar doente. O casamento entre irmãos era proibido na lei (Lv 18.11); portanto, a união legal parecia impossível. O isolamento de Tamar no cômodo das mulheres do palácio, bem como o seu caráter admirável (2 Sm 13.12), mostram que o desejo de Amnom também não poderia ser satisfeito de modo ilícito.

Tinha porém, Amnom um amigo, cujo o nome era Jonadabe ( 2 Samuel 13.3), um amigo muito superficial e desumano. Ela era seu primo, filho do irmão de Davi, Siméia, ou Samá como é chamado em 1 Samuel 17.13. Este jovem era conhecido como um homem mui sagaz, astuto e ardiloso, e a partir do conselho que deu, percebe-se que não passava de um homem perverso. Jonadabe notou o estado de tormento de Amnom e perguntou: Porque tu de manhã em manhã emagreces, sendo filho do rei? Emagrecer é dal em hebraico, “fraco, magor, débil”. Quando o príncipe confessou a sua paixão incestuosa por Tamar, Jonadabe aconselhou-o a fingir estar gravemente enfermo. Então Davi viesse para vê-lo, ele deveria pedir que fosse permitido que Tamar viesse e preparasse comida para ele.

A trama covarde funcionou como Jonadabe havia previsto e como Amnom tinha planejado.

Quando Tamar entrou no quarto de Amnom, ele fez a proposta infame, e quando ela resistiu, ele a forçou. Não se faz assim em Israel, um apelo a um código moral e espiritual que distinguia Israel das nações pagãs vizinhas.

O mau caráter de Amnom está refletido em seu tratamento com Tamar, uma vez que a sua luxúria foi satisfeita. A paixão foi seguida de repulsa, e ele ordenou que ela saísse da casa. Não, meu irmão, ela respondeu; mas ao protestar, ele chamou seu servo pessoal para levá-la embora e trancar a porta atrás dela. Tamar estava vestida com uma roupa de muitas cores, a túnica de mangas compridas que era usada pelas filhas do rei. Ela foi para casa chorando, com cinzas em sua cabeça e vestes rasgadas, os sinais convencionais de profunda tristeza.

Absalão rapidamente suspeitou do crime que Amnom tinha cometido.

Davi soube destas coisas e ficou furioso, mas nada fez para punir o malfeitor, uma fraqueza que não só custaria a vida de seu filho mais velho, Amnom, mas o final a lealdade e também a vida de Absalão. Este, por sua vez, guardou um momento favorável para vingar-se.

A ódio permaneceu no coração de Absalão, até que ele elaborou um plano para matar Amnom. Executado o plano, Absalão fugiu. Davi lamentou a ausência do filho assassino mais do que a morte de Amnom. E muito embora, tinha saudade de Absalão, Davi não procurou reconciliar com seu filho até Joabe finalmente falou com ele sobre permitir que Absalão retornasse. Mesmo assim Davi não permitiu que Absalão visse sua face.

Por dois anos aquele pai e seu filho viveram na emsma cidade sem se verem nem conversaram um com o outro. Finalmente, Absalão se cansou de esperar. Ele colocou fogo nos campos de Joabe para conseguir sua atenção e o usou para levar uma mensagem até seu pai: “Agora, pois, veja a face do rei; e, se há ainda em mim alguma culpa, que me mate”. Aquelas não eram exatamente palavras de reconciliação, mas elas tiveram o efeito desejado. Davi chamou Absalão par ao palácio. O filho veio e curvou-se até o chão ante o rei, e Davi o beijou.

Que bela expressão de amor e reconciliação, certo? Mas aparentemente aquilo representava apenas um relacionamento superficial. Gestos exteriores de amor não podem ocupar o espaço da reconciliação verdadeira.

Davi falhou em demonstrar tal amor numerosas vezes. Ele deveria ter amado Amnom o suficiente para corrigi-lo e punir o pecado de estupro. Ele deveria ter amado Absalão o suficiente para ajudá-lo a lidar com seu ódio por Amnom. Ele deveria ter amado Absalão o suficiente para corrigi-lo e punir seu pecado de assassinato, em vez apenas de rejeitá-lo. Ele deveria ter amado Absalão o suficiente para comunicar-se com ele e buscar a verdadeira reconciliação. Ele deveria ter amado o restante de sua família o suficiente para enfrentar Absalão e lidar com sua rebelião. Davi deveria ter amado seus filhos o suficiente para se envolver em suas vidas e corrigir seus pecados.

Bibliografia:

MULDER, Chester O. et. al. Comentário Bíblico, Beacon, v 2. Rio de Janeiro: CPAD 2008.

GANGEL, Kenneth O. e GANGEL, Jeffrey S. Aprenda ser Pai com o Pai, p.54,55,57. Rio de Janeiro: CPAD 2004.

DAVI E O PREÇO DA NEGLIGÊNCIA

DAVI E O PREÇO DA NEGLIGÊNCIA

Leitura Bíblica: 2 Sm 13.2,5,10-12,14,15

Lição -10 - 06/12/2009

Texto Bíblico: I Tm 3.4 Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia

COMO NÃO PAGAR O PREÇO DA NEGLIGÊNCIA NA FAMÍLIA

1. É RACIONAL TER O LAR COMO PRIMEIRA RESPONSABILIDADE

• O lar deve ter um cabeça que leve a educação a sério - I Sm 2.22 Era, porém, Eli já muito velho, e ouvia tudo quanto seus filhos faziam a todo o Israel, e de como se deitavam com as mulheres que em bandos se ajuntavam à porta da tenda da congregação.
• O lar deve ter um condutor que leve a disciplina a sério - I Sm 8.3 Porém seus filhos não andaram pelos caminhos dele, antes se inclinaram à avareza, e aceitaram suborno, e perverteram o direito.
• O lar deve ter um geridor que leve a sustentação a sério - I Tm 5.8 Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel.

2. O SUCESSO NO LAR ACONTECE COM ORDENS JUSTAS E ÚTEIS

• Quando agimos com sabedoria os filhos serão beneficiados - Pv 24.3 Com a sabedoria se edifica a casa, e com o entendimento ela se estabelece;
• Quando agimos com consenso os filhos serão obediêntes - Ef 6.4 E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.
• Quando agimos com respeito os filhos terão dignidade - Pv 22.6 Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.

3. É PRECISO RECONHECER A IMPORTÂNCIA DA NOSSA MISSÃO

• Devemos mostrar exemplos na área da convivência - I Tm 3.4 Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia
• Devemos procurar investir na capacitação profissional - 2 Co 12.14b... porque não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais para os filhos.
• Devemos demonstrar esforços na formação espiritual - Dt 11.19 E ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te;