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segunda-feira, 22 de junho de 2009

AMOR, A VIRTUDE SUPREMA

AMOR, A VIRTUDE SUPREMA
Texto Áureo: Rm. 5.5 - Leitura Bíblica em Classe: I Co. 13.1-13

Objetivo: Mostrar que o amor de Deus em nós não é um dom, mas o fruto do Espírito expresso na vida do verdadeiro cristão.

INTRODUÇÃO
A igreja de Corinto, conforme estudamos na primeira lição deste trimestre, era bastante fervorosa, isto é, tinha muitos dons. Por outro lado, era carente de espiritualidade, pois lhe faltava a demonstração do fruto do Espírito. Nessa última lição do trimestre, estudaremos, com base em I Co. 13, o amor, esse que é o fundamento do fruto do Espírito, o qual também tem primazia na lista das virtudes espirituais apresentadas por Paulo em Gl. 5.22.

1. AMOR, SIGNIFICADOS E DEFINIÇÕES
No grego do Novo Testamento, a palavra amor é “ágape”, cujo significado primário vem do amor puro e verdadeiro de Deus em relação ao Seu Filho (Jo.17.26), ao seu povo (Gl. 6.10) e à humanidade perdida que se rebelou contra Deus (Jo. 3.16; Rm. 5.8). A Bíblia declara que a natureza de Deus é o amor (I Jo. 4.8,16). Em Hb. 12.6, sabemos que, mesmo debaixo da correção divina, somos alvo do Seu amor. O amor a Deus é o fundamento da obediência (Jo. 14.21). O fruto do Espírito, conforme aponta Paulo em Gl. 5.22, é o amor e é na manifestação desse amor sacrificial que o mundo vê Cristo é nós (II Co. 5.14). Ainda no grego, diferentemente do português, existem verbos distintos para descrever os diferentes tipos de amores. O verbo “agapao” tem em Deus sua demonstração máxima, na verdade, o próprio Deus é amor (I JO. 4.9-10). Por isso, esse Deus age com amor em relação ao homem perdido (Jo. 3.16; I Jo. 3.1,16). Em resposta ao amor de Deus, o homem deve também amá-lo, bem como ao próximo (Mc. 12.30-33; Mt. 19.19; 22.39; Mc. 12.31; Rm. 13.8; I Jô. 3.11,23), especialmente aos domésticos na fé (Gl. 5.6; I Jô. 2.10). Os inimigos também entram na lista daqueles que devem ser amados por aqueles que foram alcançados pelo amor de Deus (Mt. 5.44; Lc. 6.35). O verbo “phileo” é usado para descrever a afeição nos relacionamentos pessoais, mais próximo do sentido de “amizade” (Jo. 11.3, 36; Tt. 3.15) Uma das passagens mais conhecidas do Novo Testamento, por fazer a distinção entre os verbos “phileo” e “ágape” e se encontra em Jo. 21.15-27, quando Cristo pergunta a Pedro se esse O ama.

2. A EXCELÊNCIA DO AMOR CRISTÃO EM I CO. 13
No capítulo 13, Paulo faz um parêntese na discussão a respeito dos dons espirituais a fim de tratar sobre o amor cristão e coloca esse como um caminho mais excelente. A intenção do apóstolo é mostrar aos crentes de Corinto, que supervalorizavam os dons espirituais, a importância de equilibrar o uso dos dons com a frutificação espiritual demonstrada em amor. A melhor linguagem do céu ou da terra, sem amor, é apenas barulho (v. 1), por isso, quem tem um dom espiritual, não pode se arvorar como se fosse melhor do que os outros e isso, com certeza, estava acontecendo na igreja daquela cidade. Por ser paciente, o amor tem uma capacidade inerente para suportar, ao invés de querer afirmar-se, o amor busca, prioritariamente, dar-se (v. 4). O amor não imputa o mal ao outro, sequer o leva em conta, não abriga ressentimentos pelas ofensas (v. 5). Alegra-se com a verdade, na verdade do evangelho (Jo. 5.56), que está em Jesus (v. 6).Tudo suporta, não fraqueja, não se deixa vencer em todas as dificuldades (v. 7). Os dons espirituais acabarão, no fim, quando Deus tiver cumprido o Seu plano (v. 9,10), mas o amor. A fé é importante, bem como a esperança, mas nada supera o amor (v. 13).

3. A SUPREMACIA DO AMOR CRISTÃO
O amor cristão é superior aos dons tanto pela qualidade quanto pela perenidade. Os dons cessarão, são apenas para esta vida, estarão disponíveis até Jesus voltar, o amor, no entanto, transcende ao tempo, é eterno. Por esse motivo, a prática dos dons espirituais na igreja não compensam a falta de amor. Os dons espirituais sem amor para nada servem. O amor cristão tem algumas características que não podem ser desprezadas: 1) é paciente e benigno – tem uma capacidade infinita para suportar as adversidades; 2) não se aborrece com o sucesso dos outros, não se ufana como um balão cheio de vento, mas sem conteúdo; não é egoísta, não busca apenas seus interesses; 3) não se ressente do mal – está sempre disposta a pensar o melhor das outras pessoas e não lhes imputa o mal; 4) tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta – significa que você abre mão de um direito que tem a favor do seu irmão, pois o amor perdoa e esquece a ofensa do outro.

CONCLUSÃO
O Amor é eterno. O temo grego é “piptei” e significa literalmente que ele não “falha” ou “entra em colapso”. O amor jamais cede às pressões, tem o poder de ultrapassar o tempo, alcançar a eternidade. É no amor que começamos a conhecer a eternidade de Deus. Quando amamos, estamos desfrutando já o que ainda está reservado para nós na eternidade. O amor é a caminho para a maturidade, é o cumprimento da lei, é o maior de todos os mandamentos, é a apologética contundente. Uma igreja sem amor está adoecida e precisa urgentemente de ser curada por Aquele que é Amor e que levou esse amor ao extremo sacrificando-se pelos pecadores. Ele nos amou de uma maneira tal que enviou Seu Filho em sacrifício pelos pecados (Jo. 3.16), nós, em resposta a esse amor, devemos também amar os irmãos e nos sacrificar-nos por eles (I Jô. 3.16), mas esse é um assunto que aprofundaremos no próximo trimestre.

BIBLIOGRAFIA
LOPES, H. D. I Coríntios. São Paulo: Hagnos, 2008.
MORRIS, L. I Coríntios: Introdução e comentário. São Paulo:

quarta-feira, 17 de junho de 2009

LIÇÕES BÍBLICAS DO 3º TRIMESTRE DE 2009


Lições Bíblicas Mestre Jovens e Adultos

3º Trimestre de 2009


A cada trimestre, um reforço espiritual para aqueles que desejam edificar suas vidas na Palavra de Deus.
No 3º trimestre de 2009, estaremos estudando o tema I João - Os fundamentos da fé cristã e a perfeita comunhão com o Pai
Comentarista: Pastor Eliezer de Lira e Silva

SUMÁRIO DA LIÇÃO:
1- A Primeira Carta de João
2- Jesus, o Filho Eterno de Deus
3- Jesus, a Luz do Crente
4- Jesus, o Redentor e Perdoador
5- A Força do Amor Cristão
6- O Sistema de Viver do Mundo
7- A Chegada do Anticristo
8- A Nossa Eterna Salvação
9- O Crente e as Bençãos da Salvação
10- Os Falsos Profetas
11- O Amor a Deus e ao Próximo
12- O Testemunho Interior do Crente
13- A Segurança em Cristo

Formato: 13,8 x 21cm / 96 págs
Acabamento: Grampeado
Periodicidade:Trimestral

sexta-feira, 12 de junho de 2009

A Importância da Santa Ceia - Rede Brasil de Comunicação

Igreja Evangélica Assembléia de Deus - Recife / PE

Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais

Pastor Presidente: Ailton José Alves

Av. Cruz Cabugá, 29 - Santo Amaro - CEP. 50040 - 000 Fone: 3084 1524

LIÇÃO 09 - A IMPORTÂNCIA DA SANTA CEIA

INTRODUÇÃO

Nesta lição iremos abordar a importância da Ceia do Senhor numa perspectiva bíblica no que se diz respeito ao memorial de Cristo, estabelecida como ordenança anunciando a morte de Cristo até a sua volta. É importante também salientar o que significa o pão e o vinho neste memorial. É preciso estarmos conscientes sobre a nossa comunhão com Cristo, como diz as Escrituras: ” Examine-se, pois o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice” ( I Cor.11:28.)

I - A CEIA DO SENHOR: CONCEITOS E RECOMENDAÇÕES DIVERSAS

1.1.Conceito - É um rito distintivo da adoração cristã , instituído pelo Senhor Jesus á véspera de sua morte expiatória. Esta cerimônia foi realizada na presença dos discípulos mas intimamente ligados a ele. No entanto todos o cristãos participavam deste ato cristão. A Ceia é um momento de estrema comunhão entre os irmãos, momento esse: de harmonia, temor e reverência ao nosso Deus.

Neste capitulo I Cor. 11:25-29 o apóstolo Paulo informa aos coríntios alguns preceitos e recomendações acerca da Santa Ceia:

-Beber em memória de mim : Paulo exorta o que o mestre ensinou acerca da morte de Jesus.(v.24)

-Anuncio de sua morte na cruz: relembrando a sua morte .(v.26)

-Examinar a si mesmo: Momento de auto exame de nossa vida espiritual diante da Ceia .(v.28)

-Não Comer indignamente: Mostrando que precisamos discernir o corpo de Cristo, momento de reflexão(v.27) -Aguardar a sua volta: A promessa de sua volta é marcada neste memorial.(v.26)

II - A CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR EM CORINTO

2.1 Na Igreja de Corinto - Na Igreja de Corinto as pessoas comiam muito e tomavam muito vinho ao ponto de se embriagarem neste cerimonial . Havia uma desordem naquele momento de comunhão entre os irmãos. O apóstolo Paulo faz algumas recomendações como:os irmãos deveriam participar como um ato de reflexão, de um modo digno,com reverência “De sorte que, quando vos ajuntais num lugar, não é para comer a Ceia do Senhor. Porque, comendo, cada um toma antecipadamente a sua própria ceia; e assim um tem fome, e outro embriagase”. (I Cor.11:20,21), respeito devidos, fazer um auto exame antes de tomar o pão e beber o cálice. “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do SENHOR.”(I Cor.11:29) Naquela época o apóstolo Paulo endereça comentários sobre a Ceia do Senhor, pois alguns comiam alimentos sacrificados a ídolos. “Portanto, meus amados, fugi da idolatria. Falo como a entendidos; julgai vós mesmos o que digo. Porventura o cálice de bênção, que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é porventura a comunhão do corpo de Cristo Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão.” (I Cor. 10: 14-17).

2.2 Na Igreja Primitiva - A Igreja primitiva lembrava-se de que Jesus a instituiu na noite da refeição da páscoa (Luc. 22:13-20).”E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” (Atos 2:42-47). A comunhão é ter algo em comum com alguém:” Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.”(Sl. 133:1). Este Salmo nos mostra a importância de vivermos unidos no corpo de Cristo. Em nossos dias atuais o individualismo tem encontrado lugar nos corações de muitos, porém somos uma família onde o amor e a comunhão devem está acesos em nossos corações. As condições para a participação da Santa Ceia é ter uma vida regenerada e uma vida em obediência a Cristo. Da mesma maneira que a Páscoa celebrava a libertação da escravidão do povo do Egito, a Ceia do Senhor celebra a libertação do pecado por meio da morte de Cristo.

2.3.Em Cafarnaum - Foi em Cafarnaum, cerca de um ano antes de sua crucificação, que Cristo proferiu o seu mais completo ensinamento a respeito de sua morte (Jo cap. 6). quando Jesus declarou: “Tomai e comei, isto é o meu corpo” e quando tomou o cálice exprime-se desta forma: “Isto é o meu sangue, o sangue da (nova) aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados” (Mt. 26:26,28). Os Judeus usaram essas palavras na celebração da Páscoa, onde eles comeram o pão da aflição no Egito, esta aliança se refere ao A.T. Como a nova aliança.”Eis que dias vêm, diz o SENHOR, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá.” (Jer. 31:31; Hb.8:7-13). Em memória de mim (Lc. 22:19).

III - OS ELEMENTOS DA SANTA CEIA

Os elementos da Santa Ceia são : O pão e o Vinho.

3.1 O pão - Simboliza o corpo de Cristo, representando o sacrifício de Cristo por nós (Jo 3:35). Naquela época o pão era considerado o alimento principal nas refeições. “E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.” (Mt. 26:26). Comer o pão simboliza a participação nos benefícios trazidos pela morte de Cristo.

3.2 O vinho - Simboliza o seu sangue derramado na Cruz do calvário (I Pe. 1:18,19). “E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos; Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados.” (Mt .26:27,28). A nova aliança instituída por Cristo é um pacto de sangue. Deus aceitou o sangue de Cristo. (H b. 9:14-24)

IV - LIÇÕES DOUTRINÁRIAS DA SANTA CEIA

A Santa Ceia em sua celebração pode ser caracterizada em três momentos distintos: passado, presente e futuro.

4.1 Passado - É um memorial (Gr. Anamnesis; v.v 24-26; Luc. 22:19) da morte de Cristo no calvário, para redimir os crentes do pecado e da condenação. Através de sua morte podemos obter a remissão de nossos pecados. Também é um ato de ação de graças (Gr. Eucharistia) seu sacrifício por nós.

4.2 Presente - É um ato de comunhão (Gr. Koinonia) com Cristo e os demais membros do seu Corpo. ( I Cor.10:16,17).

4.3 Futuro - É um antegozo do Reino futuro de Deus e do banquete messiânico futuro, quando então, todos os crentes estarão presentes com o Senhor (Mat. 8:11, 22:1-14; Mc. 14:25; Luc. 13:29;22:17,18:30).

É importante observarmos também sobre a profecia da volta de Jesus.

V - CONCEITOS TEOLÓGICOS

Os cristãos apontam 03 pontos a respeito o que Jesus disse no texto: ” E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.” I Cor. 11:24.

  • Alguns crêem que o pão é o próprio corpo de Cristo, e o vinho o sangue literalmente.(Transubstanciação) visão aderida pela Igreja Católica Romana.
  • Alguns crêem que o pão e o vinho permanecem inalterados, mas espiritualmente Cristo está presente no pão e no vinho. (Consubstanciação) Termo adotado pelos Luteranos.
  • Para outros o pão e o vinho há apenas uma simbologia do Corpo e do sangue de Cristo ( Ordenança). “E os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara, e prepararam a Páscoa.” (Mt. 26:19).

5.1 Transubstanciação - É o conceito de que na ministração da Santa Ceia o pão e o vinho após a oração é transformado literalmente no próprio corpo e sangue de Jesus. Este conceito foi adotado pelos católicos em 1215 e depois reafirmado no concilio de Trento em 1551.

5.2 Consubstanciação - Este outro conceito ensinado por Lutero, mostra que: Cristo se une ás substancias do pão e do vinho,numa simbologia, porém os elementos do pão e do vinho estão presentes espiritualmente. Para este pensamento os elementos permanecem imutáveis.

5.3 Sacramento - É um juramento ou um ato de purificação da alma. Porém quem pode nos purificar é sangue de Jesus. (I Jo 1:6-7). É considerado rito religioso.

5.4 Ordenança (Gr. Dikaiõna), esse termo na língua grega tem o significado de regulamento ou uma ordem, forma de ordenar algo por alguém. “Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz” (Ef. 2:15) . Nós adotamos este conceito. É um rito simbólico que põe em destaque as verdades centrais da fé cristã, e que é obrigação universal e pessoal. O batismo e a Ceia do Senhor são ritos que se tornaram ordenanças por ordem especifica de Cristo.

CONCLUSÃO

A Santa Ceia do Senhor é um memorial instituído por Jesus aos seus discípulos, através do seu sacrifício vicário na Cruz do calvário levando-nos a reflexão de nossas vidas, em uma dimensão espiritual do passado, no presente ligando assim ao futuro na sua vinda. Na Igreja de Corinto as pessoas comiam demais, se embriagavam com vinho e faltava reverência neste ritual. O pão simboliza o corpo de Cristo, o vinho simboliza o sangue de Jesus derramado no calvário . Devemos nos apresentar diante do altar com um sentimento de reverência, respeito e compromisso com o Senhor Jesus que nos resgatou do pecado, garantindo assim a vida eterna. “Mas,se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” (I Jo 1:7).

BIBLIOGRAFIA:

ALMEIDA, João Ferreira de, 1995- Bíblia de Estudo Pentecostal, Ed. Revista e Corrigida. CPAD

DANA, Harvey Eugene, 1988-1945 - O Mundo do Novo Testamento: Um estudo histórico e cultural do Novo Testamento. 4ª ed.- Rio de Janeiro:Juerp,1990. ? OLIVEIRA, Raimundo Ferreira de, - As grandes Doutrinas da Bíblia. Rio de Janeiro,CPAD,1987

THIESSEN, Hernry Clarence, 2006- Palestras em Teologia Sistemática. São Paulo, ed. IBR,2006.

Publicado no site da Rede Brasil de Comunicação

A RESSURREIÇÃO DE CRISTO – I Coríntios 15.1-10

A RESSURREIÇÃO DE CRISTO – I Coríntios 15.1-10

Lição 11 – 14/06/2009
Texto Bíblico: I Co 15.20 Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem

A RESSURREIÇÃO DE CRISTO É O PENHOR QUE GARANTE A NOSSA

1. SUA RESSURREIÇÃO FOI ANUNCIADA

• Ela é a base da nossa fé cristã - 1 Coríntios 15.1 Também vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado; o qual também recebestes, e no qual também permaneceis. Romanos 1:16 Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.
• Ela é a base da nossa fé salvífica - I Coríntios 15.2 Pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado; se não é que crestes em vão. Gálatas 5:1 Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão.
• Ela é a base da nossa fé racional - I Coríntios 15.3 Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, Filipenses 1:6 Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;

2. SUA RESSURREIÇÃO FOI MANIFESTADA

• Pelo túmulo vazio que é a insígnia da Igreja - I Coríntios 15.4 E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Marcos 16.6 Ele, porém, disse-lhes: Não vos assusteis; buscais a Jesus Nazareno, que foi crucificado; já ressuscitou, não está aqui; eis aqui o lugar onde o puseram.
• Pelo túmulo vazio que é a prova da Igreja - I Coríntios 15.5 E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze. João 20.4 E os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais apressadamente do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro.
• Pelo túmulo vazio que é a razão da Igreja - I Coríntios 15.6 Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também. Atos dos Apóstolos 2:32 Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos testemunhas.

3. SUA RESSURREIÇÃO FOI TESTIFICADA

• Para obedecermos aos impulsos divinos - I Coríntios 15.8 E por derradeiro de todos me apareceu também a mim, como a um abortivo. 2 Timóteo 1:9 Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos;
• Para entendermos a chamada divina - I Coríntios 15.9 Porque eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, pois que persegui a igreja de Deus. João 15:16 Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda.
• Para dedicarmos a comissão divina - I Coríntios 15.10 Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo. Colossenses 1:10 Para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus;

Pr Adilson Guilhermel

A RESSURREIÇÃO DE CRISTO


Texto Áureo: I Co. 15.20 - Leitura Bíblica em Classe: I Co. 15.1-10

Objetivo: Mostrar que sem a doutrina da ressurreição de Cristo, o cristianismo perde sua razão de ser.

INTRODUÇÃO
Os crentes de Corinto deturparam a doutrina da ressurreição de Cristo. A fim de dirimir algumas questões e solucionar os problemas, Paulo apresenta algumas recomendações em sua I Epístola. Com base em tais explicações, destacaremos, na lição de hoje: 1) a doutrina da ressurreição bíblica; 2) o ensinamento paulino em I Co. 15 sobre a ressurreição; e 3) a igreja e a ressurreição. Ao final da aula, esperamos que os alunos sejam motivados a defender e a viver com base nessa agradável verdade bíblica, cujas evidências se encontram na Bíblia.

1. A DOUTRINA BÍBLICA DA RESSURREIÇÃO
Não existe uma palavra hebraica para “ressurreição” no Antigo Testamento e há muito pouco que explicitamente a descreva de modo que possamos formular uma doutrina da ressurreição nessa parte da Bíblia. A passagem mais clara que trata a esse respeito se encontra em Dn. 12.2, onde Daniel profetiza a respeito do tempo no qual “muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno”. Devido a pouca quantidade de informações a respeito da ressurreição no Antigo Testamento, os Saduceus, no Novo Testamento, que acreditavam apenas no Pentateuco e que não aceitavam os livros proféticos, negavam essa doutrina (Mt. 22.23; At. 23.8). Em I Rs. 17.17-23; II Rs. 4.19-37; 13.21, Deus mostra o Seu grandioso poder para ressuscitar os mortos, o que é reforçado em Ez. 37.1-14. No Novo Testamento, esse ensinamento bíblico está mais amplamente explicitado. O substantivo “anastasis” ocorre 42 vezes e significa “ressurreição”. Ao longo do NT, essa palavra é repetidas vezes utilizada para explicitar o momento em que Cristo virá para ressuscitar os crentes (Jo. 11.24; At. 24.15; Hb. 6.2). Essa ressurreição é superior àquela que costumava ser esperada pelos antigos crentes (Hb. 11.35) porque receberão corpos glorificados, que não estarão sujeitos às imperfeições como o corpo presente (Fp. 3.10-11,20-21). Os gregos, por acreditarem que apenas a alma era imortal, zombaram, de Paulo quando esse pregou a respeito da ressurreição do Corpo (At. 17.32). Muitas pessoas pensam do mesmo modo nos dias atuais, mas o Senhor revelou claramente que haverá um dia no qual os mortos ressuscitarão para a vida ou morte eterna (Jo. 5.29).

2. O ENSINO SOBRE A RESSURREIÇÃO EM I CO. 15
A ressurreição é o último tema abordado por Paulo nessa Epístola. Algumas pessoas na Igreja de Corinto negavam a ressurreição (v. 12). O Apóstolo mostra que esse é um grande equívoco, pois essa é parte integrante da fé cristã (v. 2). Cristo ressuscitou e esse evento é o fundamento da esperança (v. 4). Após a ressurreição, o Senhor apareceu a Cefas (Lc. 24.34. Mc. 16.7), aos demais apóstolos (Lc. 24.36. Jo. 20.19) e a mais de quinhentos irmãos (Mt. 28.16). Essas testemunham são apresentadas por Paulo a fim de mostrar a veracidade de tal relato. Se alguém não quer aceitar a ressurreição de Cristo como uma verdade, é vã a sua crença (v. 14), é sem conteúdo, sem substância, e mais que isso, atribui-se aos apóstolos uma mentira (v. 15). Se Cristo não ressuscitou, ou mais precisamente, se não acreditarmos em tal fato, ainda continuamos nos nossos pecados (V. 17). A ressurreição de Cristo trouxe algumas conseqüências para o cristão. A primeira delas é que a ressurreição do Senhor implica na ressurreição dos crentes, pois Ele é as primícias (v. 20-23). A morte, por sua vez, o último inimigo (v. 26), será destituída do seu poder. Nos dias atuais, ainda que o corpo seja semeado, chegará o tempo no qual esse será vivificado. Mas essa semente não tem vida em si mesmo, é Deus quem a dá (v. 36). Os corpos que ressuscitarão não serão terrestres, antes espirituais (v. 39-41), portanto, incorruptíveis (v. 42,43). E esses corpos espirituais estão intimamente relacionados ao espírito humano, do mesmo modo como o seu corpo atual o está com a vida terrena. Isso acontecerá em momento exato determinado por Deus (I Ts. 4.13-17), no qual os vivos serão transladados e os mortos ressuscitarão, esse é o mistério de Deus revelado à igreja (v. 50,52). Justamente nessa ocasião a morte será tragada na vitória (v. 54,55). A revelação de tal mistério deverá servir de encorajamento para que estejamos sempre atuantes na obra do Senhor, sabendo que o trabalho que aqui desempenhamos não é vão (v. 58).

3. EVIDÊNCIAS DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO
Cristo ressuscitou dentre os mortos e, graças ao testemunho bíblico, temos evidenciais cabais de tal acontecimento. Inicialmente, destacamos que sua execução foi pública, a fim de que todos atestassem sua morte. Ele foi açoitado e executado, juntamente com dois criminosos, no subúrbio de Jerusalém. Como já se aproximava o Sábado, os soldados romanos tentaram apressar a morte dos crucificados, quebrando-lhes as pernas, mas isso não ocorreu com Jesus, pois este já havia morrido. Como Jesus havia antecipado sua ressurreição, os oficiais romanos trataram de colocar seguranças no túmulo, a fim de que o corpo de Jesus não fosse roubado. Esses soldados tinham motivos para permaneceram alerta, pois, caso o corpo fosse levado, teriam que pagam com a própria vida. Paradoxalmente, após a ressurreição de Cristo, esse argumento foi usado pelos líderes religiosos contra o testemunho dos discípulos. Mesmo com a guarda do túmulo, esse foi encontrado vazio. O testemunho dos discípulos precisa ser ouvido, e muitos disseram ter visto Cristo ressuscitado, ainda em 55 d.C., informações que naquela época poderiam ser refutadas. Pedro, os doze apóstolos e mais de quinhentos irmãos, Tiago e Paulo (I Co. 15.5-8; At. 1.3). A vida dos apóstolos, devido a esse acontecimento sem precedentes, foi mudada radicalmente (At. 5.29), homens que outrora temiam as autoridades políticas e religiosas, agora falavam de Cristo com ousadia (AT. 5.42), ainda que fossem ameaçados de morte. Na verdade, muitos se tornaram mártires da fé por causa do testemunho da morte e ressurreição de Cristo, pois essa assegurava-lhes uma existência para além dessa vida terrena, pois o mesmo Espírito que ressuscitou a Cristo, ressuscitará também aqueles que nEle acreditam (Rm. 8.11).

CONCLUSÃO
Cristo ressuscitou e, porque Ele vive, podemos cantar com o autor do hino 545 da Harpa Crista “posso crer no amanhã. Porque Ele vive, temor não há. Mas eu bem sei, eu sei, que a minha vida está nas mãos de meu Jesus, que vivo está. E quando, enfim, chegar a hora em que a morte enfrentarei, sem medo, então, terei vitória: irei à Glória, ao meu Jesus, que vivo está”.

BIBLIOGRAFIA
MORRIS, L. I Coríntios: Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2007.
PRIOR, D. A mensagem de I Coríntios. São Paulo: ABU, 2001.